quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Fim de Ano


Bom, o ano passou, emoções passaram, momentos bons, momentos ruins, festas, alegrias, tristezas...Mas enfim, nós estivemos juntos todo esse tempo, e espero que continuemos juntos por muitos e muitos anos, como sempre estivemos.Mas, no fim das contas, tudo o que podemos desejar para todos os que visitam e não visitam o blog, é um bom fim de ano, um feliz 2010, muitas alegrias e felicidades, boas férias, e que nos vejamos no próximo ano!

Irmã Dorothy


Ingressou na vida religiosa em 1948, emitiu seus votos perpétuos – pobreza, castidade e obediência – em 1956. De 1951 a 1966 foi professora em escolas da congregação: St. Victor School (Calumet City, Illinois), St. Alexander School (Villa Park, Illinois) e Most Holy Trinity School (Phoenix, Arizona).
Em 1966 iniciou seu ministério no Brasil, na cidade de Coroatá, no Estado do Maranhão.
Irmã Dorothy estava presente na Amazonia desde a década de setenta junto aos trabalhadores rurais da Região do Xingu. Sua atividade pastoral e missionária buscava a geração de emprego e renda com projetos de reflorestamento em áreas degradadas, junto aos trabalhadores rurais da área da rodovia Transamazônica. Seu trabalho focava-se também na minimização dos conflitos fundiários na região.
Atuou ativamente nos movimentos sociais no Pará. A sua participação em projetos de desenvolvimento sustentável ultrapassou as fronteiras da pequena Vila de Sucupira, no município de Anapu, no Estado do Pará, a 500 quilômetros de Belém do Pará, ganhando reconhecimento nacional e internacional.
A religiosa participava da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde a sua fundação e acompanhou com determinação e solidariedade a vida e a luta dos trabalhadores do campo, sobretudo na região da Transamazônica, no Pará. Defensora de uma reforma agrária justa e conseqüente, Irmã Dorothy mantinha intensa agenda de diálogo com lideranças camponesas, políticas e religiosas, na busca de soluções duradouras para os conflitos relacionados à posse e à exploração da terra na Região Amazônica.
Dentre suas inúmeras iniciativas em favor dos mais empobrecidos, Irmã Dorothy ajudou a fundar a primeira escola de formação de professores na rodovia Transamazônica, que corta ao meio a pequena Anapu. Era a Escola Brasil Grande.
Irmã Dorothy recebeu diversas ameaças de morte, sem deixar intimidar-se. Pouco antes de ser assassinada declarou: «Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar.»
Ainda em 2004 recebeu premiação da Ordem dos Advogados do Brasil (secção Pará) pela sua luta em defesa dos direitos humanos. Em 2005, foi homenageada pelo documentário livro-DVD Amazônia Revelada.

Aborto no Brasil


Com a visita de Sua Santidade o Papa Bento XVI, encetou-se uma discussão que a muito vem dividindo as opiniões na sociedade brasileira: A legalização do aborto. As opiniões são divididas: de um lado, grupos que apóiam a vontade e a decisão da mulher de escolher o que fazer com o seu corpo, grupo esse, representado pelos movimentos feministas. De outro lado, grupos religiosos que condenam à prática abortiva, garantindo o DIREITO à vida para os nascituros. Na semana anterior a visita papal, essas discussões se acirraram com as declarações do ministro da saúde José Gomes temporão e da Secretária de política para as mulheres Nilcéia Freire, que defenderam a legalização do aborto por se tratar de saúde pública devido ao crescente número de abortos clandestinos no Brasil. As declarações do ministro da Saúde e do próprio Presidente Luis Ignácio Lula da Silva, que afirmou que pessoalmente é contra o aborto, mas tem de tratar a questão como um estadista, causou um distanciamento ainda maior do governo com a cúpula da Igreja católica no Brasil, levando os Bispos da CNBB a acirrarem o discurso contra o governo. Aliás, foi promessa de campanha do Presidente que não abordaria esses assuntos polêmicos na agenda nacional.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Um homem que morreu contra a democracia no Brasil--Manoel Lisboa


Manoel Lisboa nasceu em Maceió, 21 de fevereiro de 1944 e morreu em 16 de agosto de 1973 foi um militante comunista brasileiro, fundador do Partido Comunista Revolucionário (PCR), de vertente leninista.
Juventude
Filho de Augusto de Moura Castro, oficial da Marinha, e de Iracilda Lisboa de Moura. Sua formação político-ideológica não se deu apenas por meio de leituras, nem sua prisão ocorreu simplesmente por vender livros proibidos. Ainda adolescente, organizou o grêmio do antigo Liceu Alagoano, depois Colégio Estadual. Foi diretor da União dos Estudantes Secundaristas de Alagoas (Uesa) e aos dezesseis anos ingressou na Juventude Comunista do PCB. Como universitário, organizou o Centro Popular de Cultura da Une (CPC), apresentou e dirigiu peças de teatro, envolvendo, inclusive, operários da estiva.
Militância no PC do B
O golpe militar de 1964 encontrou-o cursando Medicina na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), de onde o expulsou, cassando-lhe os direitos políticos. Nessa ocasião, pertencia ao Partido Comunista do Brasil (PC do B), organização criada em 1962, diante da linha reformista adotada pelo velho “Partidão”, desde o XX Congresso do PC da União Soviética, fato que provocou a cisão dos militantes.
Lisboa transferiu-se para o Recife, onde continuou na luta revolucionária e trabalhava na Companhia de Eletrificação Rural do Nordeste (Cerne). Em julho de 1966, foi novamente preso, logo após o atentado contra o ditador de plantão, marechal Artur da Costa e Silva, ocorrido no Aeroporto dos Guararapes. A polícia não conseguiu incriminá-lo, pois o inquérito comprovou que ele, no momento do ocorrido, estava trabalhando na Cerne com seu irmão, engenheiro e capitão do Exército. Posto em liberdade quatro dias depois, concluiu que não era possível continuar levando uma vida legal e dedicar-se à causa revolucionária, optando então pela vida clandestina.
Morte
No dia 16 de agosto de 1973, a repressão conseguiu seu intento. Quando conversava com uma operária, a quem dava assistência política, na praça Ian Flemming, no bairro de Rosarinho, Recife, Manoel Lisboa foi agarrado por um bando de fascistas, sob as ordens do agente policial Luís Miranda, de Pernambuco e do delegado paulista Sérgio Fleury, algemado, arrastado para um veículo e conduzido para o DOI-Codi do IV Exército, então situado no parque 13 de Maio. Fortunata, a operária, presenciou a cena. “Foi uma verdadeira operação de guerra. Quando um homem se aproximou, ele fez menção de pegar a arma, mas foi inútil. De todos os lados da praça surgiam homens. Carros e carros surgiram”.